FAO em São Tomé e Príncipe

FAO em São Tomé e Príncipe organiza formação em inspecção sanitária dos alimentos

Comercialização de pescado no mercado da capital de São Tomé © FAO/Denilson Costa

16/05/2018

16 de Maio de 2018, São Tomé – Com vista a dar resposta a uma das recomendações emitidas no 2º encontro do comité de pilotagem do projecto “Apoio à melhoria da introdução de produtos haliêuticos no mercado em São Tomé e Príncipe” relativa à necessidade de formar inspectores sanitários afectos aos diferentes sectores cujo trabalho está intrinsecamente ligado às inspeções de produtos alimentares, a FAO, através do projeto acima mencionado, iniciou na presente data uma acção de formação que decorrerá até dia 22, na sala de reuniões da Direcção das Pescas.

Melhorar as cadeias de transformação e comercialização de produtos do mar em São Tomé e Príncipe e torná-las mais seguras, eficazes e sustentáveis, constitui um dos objectivos cruciais do projecto. Este projecto apoia as prioridades do Programa de Desenvolvimento Sustentável da Pesca, incluídas no Plano de Investimento Agrícola Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PNIASAN) e no Programa Nacional de Alimentação e Saúde Escolar (PNASE). O sector das pescas é de importância vital para o crescimento económico de São Tomé e Príncipe, nomeadamente no que se refere à criação de emprego e à promoção da segurança alimentar e nutricional.

O Assistente ao Representante da FAO no país, Argentino Pires dos Santos, que presidiu a cerimónia de abertura desta formação, ressaltou a importância desta acção, exortando aos demais participantes o seu empenho. O mesmo realçou ainda as 4 dimensões de segurança alimentar: a disponibilidade, o acesso, a utilização e a estabilidade das restantes dimensões. No que toca ao desenvolvimento do país, Argentino Pires dos Santos reiterou o compromisso da FAO de contínua em apoiar o país. Ainda no uso da palavra, salientou a existência da “necessidade de harmonizar a legislação sanitária para que todos os sectores contribuam para o almejado desenvolvimento”. Com essas palavras foi declarada a aberta da formação.

Para esta acção de formação que decorrerá durante de 7 dias, a FAO fez chegar ao país o consultor Miguel Cardo, responsável pela formação dada aos quadros nacionais. Importa frisar ainda que esta formação, para além da parte teórica, incluirá também uma parte prática onde os formandos irão deslocar-se ao mercado, matadouro e cais de descarga. Outro factor importante a ser levado em consideração com a realização desta formação prende-se com a decisão do governo relativa à transição para a economia azul, objectivo para o qual a FAO tem contribuído sobre maneira. Recorde-se que em São Tomé e Príncipe a pesca é das actividades económicas mais importantes - mais de 15% da população vive direta ou indirectamente da pesca, o consumo de peixe per capita ascende os 30 kg/ ano e os produtos do pescado representam mais de 85% da ingestão de proteína animal a população.