FAO em São Tomé e Príncipe

FAO e o governo preparam quarto novos projetos para São Tomé e Príncipe

Mulher agricultora trabalhando num campo de cultivo © FAO/Denilson Costa

17/01/2019

17 de janeiro de 2019, São Tomé - Concluir o processo de formulação dos próximos quatro projetos de cooperação técnica entre a FAO e o Governo de São Tomé e Príncipe constituiu o objectivo da vinda  a São Tomé de uma delegação composta por técnicos da FAO especializados nos domínios de: Terras e Água, Protecção e Produção Vegetal, Políticas Agrícolas, Pecuária e Florestas.  Para avançar com a formulação de projetos adaptados às especificidades nacionais, e em harmonia com as prioridades definidas pelo governo, a delegação teve como tarefa principal a consulta com os vários especialistas técnicos do Ministério da Agricultura, Pescas e Desenvolvimento Rural (MAPDR).

Quatro projetos alinhados com a estrutura de programação do país

No decurso da elaboração conjunta do Quadro de Programação País (CPP) da FAO para São Tomé e Príncipe para 2018-2022, três áreas prioritárias de intervenção foram definidas, a saber: (i) Gestão sustentável dos recursos naturais, (ii) Melhoria das produções e desenvolvimento das cadeias de valor na agricultura, pecuária, floresta e pesca e (iii) Redução da fome, da desnutrição e melhoria das resiliências das populações.

Para implementar as atividades previstas no CPP, o governo Santomense solicitou à FAO a assistência técnica e o financiamento de Projetos de Cooperação Técnica (TCP) cujos objetivos e impactos vão de encontro às prioridades definidas.

Neste sentido, a FAO desenvolveu o esboço de quatro novos TCP que foram submetidos ao exame dos técnicos do Ministério tutelar da Agricultura, designadamente:

  • Projecto de apoio à capitalização e valorização da produção hortícola para segurança alimentar e nutricional em São Tomé e Príncipe;
  • Projeto de apoio ao reforço de capacidades  institucionais e operacionais do Ministério da Agricultura, Pescas e Desenvolvimento Rural de São Tomé e Príncipe;
  • Projeto de fortalecimento das capacidades nacionais em gestão de saúde animal e inspeção de produtos animais e de origem animal;
  • Projeto de apoio ao desenvolvimento de atividades rurais melhorando a segurança alimentar e nutricional e de cadeias de valor de Produtos Florestais não-Lenhosos (PFNL) em São Tomé e Príncipe.

Em encontro com a equipa técnica da FAO e o Assistente ao Representante da Organização no país, o Ministro da Agricultura, Pescas e Desenvolvimento Rural, Francisco dos Ramos, enfatizou a importância destes novos projetos para o desenvolvimento do país, declarando que "a missão vem na hora certa. Esperamos muito desses projetos e desejamos que sua implementação seja feita o mais rapidamente possível. Precisamos de atualizar o organigrama do Ministério e o projeto de apoio ao reforço das capacidades institucionais e operacionais dos técnicos irá permitir-nos, logicamente, fazer isso". Rematando as suas considerações, o ministro convidou os técnicos do ministério e da FAO a unir os seus esforços para uma revisão completa e conjunta dos vários documentos dos projetos.

Documentos de projeto harmonizados

Os representantes das direcções envolvidas nos projetos -  Direcção de Agricultura, Direcção de Estudos e Planeamento, Direcção de Pecuária e Direcção de Florestas e Biodiversidade - trabalharam com os profissionais da FAO em grupos de trabalho estratégicos, discutindo sobre as atividades a serem realizadas, questões de  recrutamento, linhas orçamentárias e tipologia dos apoios fornecidos às futuras equipas nacionais dos projetos. Todos os comentários e contribuições feitas aos documentos foram tidos em consideração e introduzidos nas novas versões dos documentos dos projetos.

Feita a restituição dos trabalhos desenvolvidos, Francisco dos Ramos realçou que "Devemos [elementos do ministério] ser capazes de continuar as atividades de um projeto mesmo após o término do dado apoio. É isso que levará os nossos parceiros a renovar a sua confiança em nós…" O ministro acrescentou ainda que "este método de trabalho terá que ser perpetuado para permitir o envolvimento de todos nas diversas atividades. De fato, o consenso é a arma do sucesso”.