FAO em São Tomé e Príncipe

Ministro da Agricultura participa no lançamento da Década das Nações Unidas para Agricultura Familiar e reúne com o Diretor-geral da FAO

Ministro da Agricultura e Diretor Geral da FAO © FAO

04/06/2019

04 de Junho de 2019, São Tomé – A convite do Diretor-Geral da FAO, José Graziano da Silva, o Ministro de Agricultura, Pescas e Desenvolvimento Rural de São Tomé e Príncipe, Francisco Ramos, marcou presença na reunião plenária da Assembleia Geral das Nações Unidas realizada antes do lançamento da Década das Nações Unidas para Agricultura Familiar (2019-2028) que teve lugar em Roma, no passado dia 29 de Maio. À margem desta reunião, Francisco dos Ramos, foi também recebido pelo Diretor-Geral da FAO para discutir sobre as grandes potencialidades de São Tomé e Príncipe nos domínios da Agricultura, Pescas, Pecuária e Floresta.

Na reunião plenária da Assembleia das Nações Unidas que antecedeu o lançamento da Década das Nações Unidas para Agricultura Familiar (2019-2028) e do Plano de Ação Global para aumentar o apoio aos agricultores familiares, a presidente da Assembleia Geral, Maria Fernanda Espinosa, enfatizou a importância dos agricultores familiares na luta contra a erradicação da fome a nível mundial, bem como na preservação da agrobiodiversidade e dos conhecimentos tradicionais.

A proclamação desta Década servirá como um quadro orientador para os países desenvolverem políticas públicas e investimentos de apoio à agricultura familiar e ampliarem o sucesso do Ano Internacional da Agricultura Familiar 2014, elevando o papel primordial de mais de 570 milhões de agricultores familiares na contribuição para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Segundo Maria Espinosa, “esta Década é também uma oportunidade para que os governos adotem políticas de apoio à agricultura familiar sustentável e diversificada e avancem em direção a um novo paradigma de sistemas alimentares e desenvolvimento rural, onde o foco não seja apenas na produção, mas em como lidar com questões socioeconómicas e de sustentabilidade ambiental, em conjunto”.

Durante o mesmo evento, José Graziano da Silva, Diretor-Geral da FAO, ressaltou que desde a adoção da estratégia da FAO para parcerias com Organizações da Sociedade Civil em 2013, a Organização abriu AS suas portas para que os agricultores familiares tragam a sua experiência, conhecimento e capacidade técnica, sendo “uma das primeiras iniciativas a implementação do Ano Internacional da Agricultura Familiar”.

Em São Tomé e Príncipe, os agricultures familiares são pilares fundamentais do país não só pelo papel que representam na garantia da segurança alimentar e nutricional da população, mas também no desenvolvimento sustentável futuro, sobretudo devido à grande maioria de agricultores que se dedicam à prática da agroecologia. É na sequência do potencial agroecológico do país que está a ser analisada a possibilidade da instalação nacional de um Centro de Excelência para a Agroecologia da CPLP.

Sendo a agricultura familiar uma das prioridades da FAO, este foi um assunto discutido entre o representante máximo da Organização e o Ministro da Agricultura, Pescas e Desenvolvimento Rural de São Tomé e Príncipe. Durante a reunião bilateral, José Graziano da Silva manifestou a vontade da FAO em continuar a cooperar com São Tomé e Príncipe de modo que o país possa vir a beneficiar de financiamento para projetos de cooperação técnica nos sectores de Agricultura, Pesca e Desenvolvimento Rural.