FAO em São Tomé e Príncipe

Feira de produtos agrícolas reúne centenas de horticultores e agricultores em Penha

Feira de penha organizada pelo Ministério da Agricultura © FAO/ Denilson Costa

22/07/2019

 

22 de julho de 2019, São Tomé – Centenas de horticultores e agricultores rurais marcaram presença na feira agrícola de Penha, organizada pelo Ministério de Agricultura, Pescas e Desenvolvimento Rural em parceria com a Associação Santomense para a Promoção Empresarial (ASPRE). Provenientes de várias localidades do país, produtos como bananas de diversas espécies, matabala, mandioca, ovos, frangos, patos, hortaliças e muitos outros, enriqueceram a oferta da feira. Uma iniciativa que, segundo o técnico do Ministério da Agricultura, Armando Monteiro, visa apoiar os agricultores no processo de venda e pretende proporcionar aos consumidores produtos de qualidade a preço reduzido.

Ao som da Banda Relíquia (agrupamento musical são-tomense), os participantes da feira, além de disfrutarem de uma ampla gama de produtos agrícolas, beneficiaram também de preços mais reduzidos. Os expositores proporcionaram aos consumidores preços convidativos por permitir uma remuneração justa pelo produto vendido, uma vez que são os próprios produtores que comercializam o produto, gerando assim cadeias de curtas agro-alimentares e eliminado intermediários.

Martins Duarte, horticultor, fez-nos saber que levou para a feira mandioca, batata doce, cana-de-açúcar e tomate, tendo já vendido a sua maioria. Este aproveitou para fazer um apelo ao Ministério da Agricultura: “quero encorajar o Ministério no sentido de continuar a nos proporcionar esta oportunidade e realizar eventos semelhantes que nos facilitem (horticultores, agricultores e criadores) a comercialização dos produtos, visto que muito desses bens se degradam no campo por falta de escoamento.

De facto, a facilitação da comercialização de produtos agrícolas é uma mais valia da feira, mas não só. Segundo o técnico do Ministério da Agricultura, Armando Monteiro, “a feira livre é um canal que possibilita o relacionamento entre produtor e o consumidor final, tendo como vantagem a possibilidade de identificar quais são as necessidades, os desejos dos clientes e a possibilidade de ajudá-los. E nesta vertente o Ministério da Agricultura, enquanto bastião aos agricultores, tem apostado nelas no intuito de permitir a realização da venda de seus produtos, garantindo o abastecimento regular, de boa qualidade e proporcionando variedade aos hábitos alimentares da população”.

Já Arcangelo Castro, comprador, exaltou o carácter sociocultural de espaços como este, afirmando que “a realização destas feiras reveste-se de extrema importância sociocultural, uma vez que as mesmas são muito mais que meros espaços de transações comerciais. São espaços de interação entre as pessoas e que ainda preservam a diversidade da nossa cultura popular e alimentar. Ela é também uma oportunidade ímpar, onde os consumidores gozam de um preço baixo e de contacto direto com os produtores”.

 

De destacar que em São Tomé as feiras agrícolas têm vindo a ganhar espaço a cada dia na medida que elas ajudam a levar ao cidadão urbano um pouco do campo e do dia-a-dia do produtor rural, consolindando trocas, contactos e negociações. Nesses eventos é possível aprender, conhecer as novidades do mercado e potencializar a produção de cada setor. Para empreendimentos inovadores esses lugares também são muito promissores, pois funcionam como vitrinas de exposição, uma vez que é possível explicar e demonstrar todo o processo de desenvolvimento produto.