FAO em São Tomé e Príncipe

Melhorar a governança da segurança alimentar e nutricional em São Tomé e Príncipe.

Plantação de banana © FAO/Ody Mpouo

07/04/2020

07 de abril de 2020, São Tomé – Para vivermos num mundo livre de fome, insegurança alimentar e desnutrição em todas as suas formas, é necessário um processo inclusivo e participativo, onde as necessidades e os direitos de todos os setores da população, especialmente os mais vulneráveis, estejam adequadamente representados.

Neste processo, os governos, parlamentos, sociedade civil e setor privado, devem interagir de forma regular e informada sobre o desenho e o desenvolvimento de políticas: desde a formulação até a implementação, do monitoramento até a avaliação.

Edições anteriores do relatório sobre o estado da segurança alimentar e nutrição no mundo da FAO, mostraram que o declínio da fome que o mundo desfrutou por mais de dez anos não era mais relevante, pois a fome progride novamente. No relatório de 2019, vemos que a prevalência de subnutrição estabilizou globalmente, mas que o número pessoas subnutridas absolutas, continuam em progresso lentamente.

Atualmente, mais de 820 milhões de pessoas sofrem ainda com fome no mundo, o que sublinha o imenso desafio que constitui alcançar a meta Fome Zero até 2030. A fome está crescendo em quase todas as sub-regiões da África e, em em menor grau na América Latina e na Ásia Ocidental.

No caso de São Tomé e Príncipe, foi criado o Conselho Nacional de Segurança Alimentar Nutricional de São Tomé e Príncipe (CONSAN-STP), cujo objetivo é assegurar a coordenação e monitoramento de políticas, programas e outros instrumentos setoriais com impacto ao nível da segurança alimentar e nutricional, aliado aos compromissos internacionais assumidos no quadro da Estratégia da Segurança Alimentar e Nutricional (ESAN) da CPLP.

Na terceira reunião do CONSAN-STP realizada em 2019, saíram várias recomendações que passaremos a citar algumas.

- Nutrição e alimentação escolar é um assunto nacional;

- Maior envolvimento de todos os atores para fazer face a problemática da insegurança alimentar;

- Elaboração de uma tabela nutricional de produtos locais para ajudar a melhorar a dieta alimentar;

 - Apropriação da Estratégia Fome Zero;

A FAO, enquanto agência líder na luta contra a fome e todas as formas de malnutrição, também esteve presente nesse encontro através do Coordenador Sub-regional da FAO para a África Central e Representante para o Gabão e São Tomé e Príncipe, Hélder Muteia, que  reafirmou a disponibilidade da FAO em trabalhar de mãos dadas com as agências irmãs neste desafio que comporta no quadro da era da globalização e do desenvolvimento sustentável.

Respondendo diretamente às solicitações dos países, a FAO promove um diálogo com várias partes interessadas a nível global, regional e nacional. Atualmente, a Organização apoia várias plataformas e comitês que reúnem as partes interessadas para trabalharem juntas, trocarem experiências e melhores práticas com o objetivo de eliminar a fome e a insegurança alimentar até 2030.