FAO em São Tomé e Príncipe

Estudo do sector dos produtos do mar em São Tomé e Príncipe - Instituições que fornecem um apoio ao sector: Continuação

© FAO/Ody Mpouo

01/07/2020

01 de julho de 2020, São Tomé –  O Relatório Estado da Pesca e Aquicultura 2020, Sofia, revelou que a produção global de peixes atingiu cerca de 179 milhões de toneladas em 2018, com um valor total de vendas estimado em US$ 401 bilhões. No entanto, essas tendências de aumento, acabaram esbarrando na crise atual gerada pela pandemia da Covid-19, o que levou a uma queda de 6,5% na produção pesqueira.

Em São Tomé e Príncipe (STP), dada a importância do sector da pesca na economia do país, um estudo foi realizado no quadro do apoio do Programa de Cooperação Técnica da FAO – Melhoria da comercialização dos produtos haliêuticos em STP, onde se fez a descrição qualitativa/quantitativa das cadeias de abastecimento e de valor.

E este sector conta com o apoiado de diversas instituições.

As Associações de Profissionais

Conta-se 29 associações de pescadores e de palaiês que cobrem efectivamente a zona costeira. A maior parte destas associações foi criada nos anos 1990, no âmbito do projecto de Apoio Participativo à Agricultura Familiar e à Pesca (PAPAFPA).

Este projecto realizou em vários locais de pesca, infraestruturas equipadas que compreendem, uma loja  de venda do material de pesca, uma loja para os produtos de primeira necessidade, uma oficina de reparação de motores.

A criação de associações era uma condição prévia para receber os apoios ao nível de cada comunidade. Assim, a gestão das infraestruturas e dos fundos recebidos, foi colocada sob a responsabilidade das associações. Além disso, as associações eram uma passagem obrigatória para qualquer pescador que queria aceder ao crédito.

Os apoios actuais ao sector, nomeadamente através da ONG MARAPA (implementação de infraestruturas e de equipamento nos locais) ou da parceria com o PNASE, passam ainda por estas associações.

A ONG MARAPA empreendeu um importante trabalho de redinamização das associações, tornando-as mais estruturadas  e dando-lhes base legal, o que muitas ainda não tinham.

De relembrar que este artigo é baseado num estudo  efectuado em 2017 sobre a “Melhoria da comercialização dos produtos haliêuticos em STP”, o referido estudo foi publicado em 2019.