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13/07/2020

13 de julho de 2020, São Tomé – O Conselho da FAO aprovou hoje uma série de medidas propostas pelo Diretor-Geral, Sr. Qu Dongyu, que visam modernizar a Organização para torná-la mais eficaz e eficiente. Órgão executivo da Conferência da FAO composta de 49 países membros, o Conselho se reuniu on-line pela primeira vez em sua história como resultado da pandemia de covid-19.

Em seu relatório final, o Conselho declarou que era "a favor da ambição do Diretor-Geral em relação à FAO, a saber, torná-la uma Organização adaptada aos objetivos pretendidos, modernos, inclusivos e ágeis, preservando suas capacidades técnicas, em particular através uma estrutura mais modular e flexível que visa garantir eficácia, eficiência e colaboração intersetorial ”.

Desde que assumiu o cargo em 1º de agosto de 2019, o Sr. Qu trabalhou para tornar a FAO mais ágil, reactiva e responsável, e para desenvolver sua capacidade de forma a ajudar os seus Membros a enfrentar os desafios em matéria de alimentação e agricultura.

A aprovação das novas medidas envia "um forte sinal de confiança nas ações que tomei para alcançar nossa ambição comum de uma nova FAO dinâmica, inclusiva e orientada para resultados", afirmou o Diretor geral.

Uma das vertentes essenciais das medidas aprovadas é o estabelecimento de uma estrutura organizacional mais flexível, que tornará a FAO mais ágil e permitirá uma colaboração intersetorial ideal e fornecerá melhores respostas às necessidades e novas prioridades.

Em particular, isso envolverá a criação de uma equipe de gerenciamento de referências no coração da Organização. Essa nova modalidade permitirá que o Diretor Geral seja diretamente apoiado pelos três Diretores Gerais Adjuntos, o Economista Chefe, o Cientista Chefe e o Diretor de Gabinete.

Os diretores de divisões, centros e escritórios, como especialistas em seus respectivos domínios, reportarão diretamente aos membros da equipe de direcção, de acordo com uma estrutura hierárquica dupla, que fortalecerá o consenso e sinergia internos e reduzirá a burocracia ao mínimo.

"Espero que vocês constatarão os novos resultados como resultado de nossa descompartimentalização, intensificação de nosso trabalho em equipe e fortalecimento de nossa colaboração com organizações parceiras", explicou o diretor-geral antes de acrescentar : "Ao melhorar os métodos de trabalho e estabelecer transparência e responsabilidade, a FAO reformada intensificará suas atividades e melhorará sua execução a serviço dos vulneráveis, nossos membros, agricultores e consumidores".

Outras medidas importantes aprovadas pelo Conselho incluem o estabelecimento de um escritório de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que visa fortalecer e melhorar a coordenação das atividades da FAO em relação ao Programa de Desenvolvimento Sustentável até 2030, e o fortalecimento dos centros de cooperação da FAO com outras organizações internacionais e instituições financeiras internacionais.

Luta contra a covid-19

Em suas considerações finais, o Diretor-Geral disse que a FAO continuará apoiando seus Membros para que eles tenham os meios para conter os efeitos da covid-19 na segurança alimentar e nos sistemas alimentares.

"Temos que ir além: agora que aprendemos a conviver com o vírus, precisamos nos concentrar no retorno à fase normal", afirmou o Sr. Qu.

Em 14 de julho, em um evento de alto nível, a FAO lançará um novo programa de combate à covid-19, baseado em sete áreas prioritárias de trabalho. "Reconstruir melhor é um desafio que a FAO está pronta para enfrentar", disse ele.

Desde o início da pandemia, a FAO tem desempenhado um papel ativo na coordenação e fortalecimento de medidas tomadas pelos governos, setor privado e sociedade civil.

O Diretor-Geral participou da Cúpula dos Chefes de Estado e de Governo do G-20, do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre Segurança Alimentar e da sessão do G-20 de ministros da Agricultura, no sentido de adotar medidas para garantir o bom funcionamento das cadeias de suprimento de alimentos. O Sr. Qu também participou de reuniões organizadas pelo Secretário-Geral das Nações Unidas, pelo Conselho Econômico e Social e pelo Fórum Econômico Mundial.

A FAO também organizou várias reuniões virtuais com ministros de diferentes regiões para garantir que os países coloquem adequadamente alimentos e agricultura na categoria de serviços essenciais durante períodos de contenção.

Além disso, a Organização lançou quarenta e um documentos de política e oito publicações que fornecem avaliações quantitativas e qualitativas dos efeitos da pandemia nas cadeias de suprimento de alimentos, comércio e mercados de géneros alimentares, pequenos proprietários, insegurança alimentar, proteção dos mais vulneráveis, os sistemas estatísticos e sistemas alimentares seguros, resilientes e sustentáveis.

O Diretor-Geral também destacou os benefícios apresentados pela iniciativa Mão na Mão na luta contra a pandemia: "ela propõe uma estrutura de coordenação pronta que fornece uma resposta integrada à crise do Covid-19 por segurança alimentar e nutricional ”.

Em 21 de julho, a FAO lançará a plataforma geoespacial da Iniciativa, que visa fornecer dados avançados de modelagem e análise geoespacial. A plataforma visa, acima de tudo, determinar as melhores possibilidades para aumentar a renda e reduzir as desigualdades e vulnerabilidades enfrentadas pelas populações rurais, que constituem a grande maioria dos pobres do mundo.

"A proteção dos meios de subsistência e a construção de resiliência nas áreas mais afetadas continuam na vanguarda do nosso trabalho", concluiu o Diretor-Geral.

Versão portuguesa da notícia original presente no seguinte link: http://www.fao.org/africa/news/detail-news/fr/c/1298069/