FAO em São Tomé e Príncipe

Estudo do setor dos produtos do mar em São Tomé e Príncipe - Dinâmica e mudanças correntes no setor

© FAO/Ody Mpouo

28/12/2020

28 de dezembro de 2020, São Tomé – A pesca e a aquicultura são fontes fundamentais de alimento, sustento, comércio e recreação para pessoas em todo o mundo. A administração global responsável é necessária para salvaguardar todos os recursos aquáticos vivos para as gerações presentes e futuras. Os desafios para alcançar a sustentabilidade da pesca e da aquicultura são globais e requerem ação coordenada.

No quadro do apoio do Programa de Cooperação Técnica da FAO – Melhoria da comercialização dos produtos haliêuticos em São Tomé e Príncipe, um estudo foi realizado, onde o setor foi diagnosticado.

Dinâmica e mudanças correntes no setor

Uma tendência para capitalização no segmento artesanal da exploração dos recursos haliêuticos com uso crescente e o forte pedido de motores fora de borda exprimido pelos pescadores. Esta evolução terá uma incidência sobre o desenvolvimento do esforço e da capacidade de pesca, mas induzirá também um aumento dos consumos intermédios através do posto de combustível.

O aumento da intensidade capitalista da pesca artesanal também é notado com a promoção corrente da canoa PRAO que marca uma inovação tecnológica bem aceite pelos pescadores.

Uma demanda dos hotéis em crescimento, estimulada pelo desenvolvimento do turismo. As entrevistas com os responsáveis das estruturas hoteleiras mostram que a possibilidade de consumir peixe de qualidade é um fator determinante na escolha de São Tomé e Príncipe como destino turístico.

O desenvolvimento deste mercado hoteleiro, em relação ao fluxo crescente dos turistas, faz-nos interrogar sobre a pertinência de orientar mercados de exportação, nomeadamente, europeus, sabendo que os efeitos benéficos procurados (obtenção de divisas) são gerados por este turismo em crescimento.

Este artigo é baseado num estudo efetuado em 2017 sobre a “Melhoria da comercialização dos produtos haliêuticos em STP”, o referido estudo foi publicado em 2019.