FAO em São Tomé e Príncipe

Estudo do setor dos produtos do mar em São Tomé e Príncipe - Avaliação da Riqueza Criada Pelos Agentes e nos Subsectores: Part II

© FAO/Ody Mpouo

02/02/2021

02 de fevereiro de 2021, São Tomé –  A Assembleia Geral das Nações Unidas declarou 2022 o Ano Internacional da Pesca Artesanal e da Aquicultura (IYAFA 2022). A FAO é a agência líder para comemorar o Ano em colaboração com outras organizações e órgãos relevantes do sistema das Nações Unidas.

O IYAFA 2022 será uma oportunidade para mostrar o potencial da pesca artesanal e da aquicultura e para destacar os benefícios que podem ser derivados do fortalecimento desses setores de pequena escala. A FAO deseja engajar-se no diálogo com tomadores de decisão, parceiros de desenvolvimento, universidades, setor privado, organizações de pesca e aquicultura e o público em geral.

Estudo do sector dos produtos do mar em São Tomé e Príncipe

No quadro do apoio do Programa de Cooperação Técnica da FAO – Melhoria da comercialização dos produtos haliêuticos em São Tomé e Príncipe, um estudo foi realizado, onde o setor foi diagnosticado.

Avaliação do valor acrescentado criado pelo sector da pesca estrangeira

Comparativamente aos outros países (Costa de Marfim, Senegal, Mauritânia, etc.), os efeitos económicos da pesca estrangeira são muito limitados em São Tomé e Príncipe por várias razões, nomeadamente: i) a não utilização do seu porto como base logística para os navios europeus que pescam ao abrigo do acordo. O porto de Abidjan é principalmente utilizado para as operações  de desembarque e transbordo das frotas atuneiras que operam na sub-região. Esta situação pode explicar-se pela inexistência de infra-estruturas de transformação, de armazenamento e de conservação de produtos haliêuticos bem como de serviços de abastecimento; ii) a fraca utilização, ou mesmo a ausência de observadores e de marinheiros santomenses embarcados nos navios europeus.

Estas fraquezas privam o país de potenciais rendimentos económicos gerados pelas taxas portuárias, pelos empregos e rendimentos ligados à existência de indústria de transformação em terra, à manutenção (estivadores), aos serviços de abastecimento, etc.

Este artigo é baseado num estudo efetuado em 2017 sobre a “Melhoria da comercialização dos produtos haliêuticos em STP”, o referido estudo foi publicado em 2019.