FAO em São Tomé e Príncipe

FAO pretende criar uma nova dinâmica no GTSA-ACHA

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27/09/2021

27 de setembro de 2021, São Tomé – O Coordenador Sub-Regional da FAO para África Central e Representante para Gabão e São Tomé e Príncipe, concedeu uma entrevista a Rádio Nacional de São Tomé e Príncipe.

Na citada entrevista, Hélder Muteia falou sobre a Co-presidência da FAO no Grupo de Coordenação dos Parceiros de Desenvolvimento do Sector Agrícola de São Tomé e Príncipe (GTSA-ACHA), e dos planos para implementar uma nova dinâmica no mesmo.

Segundo o Coordenador Sub-Regional da FAO para África Central e Representante para Gabão e São Tomé e Príncipe, o referido grupo tem um carácter consultivo, mas também pretende estabelecer uma coordenação efetiva das ações a serem postas em prática, no quadro dos sistemas alimentares em São Tomé e Príncipe, onde o objetivo principal é reunir a comunidade internacional, particularmente o corpo diplomático representado no país, de forma consertar os esforços para erradicar a fome e a má nutrição. E neste sentido, a FAO estará pronta para garantir a mobilização de recursos para elaboração dos projetos.

Quando questionado sobre o apoio da FAO no âmbito da Campanha “Bámu ximiá pá non bê kwá kumé”, o Representante da FAO para São Tomé e Príncipe, disse que esta campanha é extremamente importante para a estratégia da sua organização, uma vez que foram distribuídas 100 Kg de sementes hortícolas, que já estão a produzir alguns resultados de forma a mitigar os impactos da Covid-19 no país. Futuramente numa segunda fase, através do Centro de Investigação Agronômica e Tecnológica de São Tomé e Príncipe, pretende-se produzir as sementes localmente, para as introduzir dentro da cadeia de valores através de uma base experimental de culturas alimentares e frutícolas e garantir não só a produção, mas também a sua distribuição, através de um projeto de cooperação técnica, para garantir a continuidade da referida campanha.

São Tomé e Príncipe possui todas as condições para a transição para a economia azul, visto ser um país rodeado pelo mar e que possui também rios importantes de água doce. Não obstante, a economia azul permite criar equilíbrio com a economia verde, para isso é importante garantir que a água abundante no país, não só permita a disponibilidade de alimentos, como também deve garantir mais emprego aos jovens e mulheres, defendeu Hélder Muteia.